11/15/2005

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Acção de Geraldo Batista (México):

Entrou de rompante usando-se de uma espontaneidade que não podia ser premeditada, espécie de anti-estrutura do que iria acontecer, na mão trazia dois desintupidores, com eles ia aspirando tudo, desde os objectos que ali estavam, caixote do lixo, uma caixa de madeira, às próprias paredes do espaço, sugava e expelia, ao mesmo que tempo que por entre o publico serpenteava, um pouco selvagem ia se lá saber. Numa das paredes do espaço com as duas ventosas com tinta azul e vermelha deixou várias marcas... depois saiu a fugir, não houve tempo para palmas, eu percebi isto assim ele tirou o último sangue do espaço físico que aí estava, depois de querer sugar toda a matéria física que nos circundava, ou querer fazer isso, foi-se; não pareceu nada um acto premeditado, o que também teve interesse pelo ar de pergunta.

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